Pelo quarto mês consecutivo, a cidade de São Paulo permaneceu em janeiro com o posto de capital com a cesta básica mais cara do País. De acordo com o levantamento nacional mensal em 18 capitais pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço médio do conjunto de produtos alimentícios essenciais atingiu R$ 318,40 em São Paulo, alta de 4,43% ante dezembro (R$ 304,90).
Depois, aparecem Vitória (R$ 315,38) e, com valor semelhante, Porto Alegre (R$ 309,33) e Florianópolis (R$ 309,21). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 231,80), João Pessoa (R$ 252,13) e Recife (R$ 257,43).
Em janeiro ante dezembro, 11 dos 13 produtos que compõem a cesta básica acompanhada para a capital paulista apresentaram alta: batata (23,67%), tomate (19,89%), feijão carioquinha (5,86%), farinha de trigo (3,01%), banana nanica (2,66%), café em pó (1,45%), manteiga (1,28%), carne bovina de primeira (0,89%), leite integral (0,77%), açúcar refinado (0,44%) e pão francês (0,25%). Foi verificada estabilidade no preço do óleo de soja e retração no preço do arroz agulhinha (-1,15%).
Na comparação de janeiro com um ano antes, o aumento chegou a 11,51% em São Paulo. Só a carne bovina teve queda nos preços: -0,82%. Sete dos outros 12 produtos da cesta tiveram aumento e as altas foram superiores à variação para a cesta total: batata (60,32%), arroz agulhinha (34,38%), tomate (30,03%), óleo de soja (26,98%), feijão (19,72%), pão francês (13,65%) e café em pó (13,09%). Os outros cinco produtos tiveram aumentos mais moderados: farinha de trigo (8,57%), banana nanica (8,36%), leite integral (7,81%), manteiga (5,26%) e açúcar refinado (0,44%).
O Dieese faz todo mês a Pesquisa Nacional da Cesta Básica nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.