A oposição recebeu com ceticismo o anúncio do corte adicional de R$ 577,1 milhões nas despesas do Orçamento da União em 2011. O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que a notícia não o surpreende e que não descarta a sucessão de cortes extras ao longo do ano.
“Enquanto o governo não fizer uma reforma administrativa para acabar com o inchaço da máquina pública, vai ter que cortar o orçamento, prejudicando até mesmo os programas sociais”, criticou. O tucano acrescentou que somente será preciso aferir o volume exato dos cortes no final do ano.
O Ministério do Planejamento divulgou os novos cortes por meio do Relatório de Avaliação de Despesas e Receitas do primeiro bimestre, encaminhado hoje ao Congresso Nacional. Segundo o documento, os cortes globais totalizam R$ 50,664 bilhões em 2011. O governo justificou o corte adicional pela revisão das projeções de receitas, citando fatores como a diminuição da arrecadação do Imposto de Renda, em face da revisão de 4,5% da tabela de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).
