A taxa de inflação na cidade de São Paulo na primeira prévia de setembro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), subiu 0,47%. Essa variação é praticamente a mesma apurada no encerramento do mês passado, quando o IPC-Fipe subiu 0,48%. É a maior taxa para uma primeira quadrissemana desde fevereiro, quando o indicador anotou um reajuste médio dos preços 0,49% na capital paulista. Essa resistência do IPC em permanecer neste patamar, pelo menos neste período, está relacionada à acomodação dentro do grupo Habitação dos aumentos da conta de luz.
Só nesta primeira medição da inflação, a tarifa de energia elétrica subiu 8,35%. É uma variação menor que a do fechamento do mês passado, de 9,21%, mas é ainda uma forte influência no orçamento das famílias que ganham de um a 20 salários mínimos, faixa salarial para a qual a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) calcula os gastos com produtos e serviços no município. Por causa deste aumento da energia elétrica, o grupo Habitação subiu 1,13%. É também uma taxa menor que a de 1,23% apurada no IPC fechado de agosto, mas que não deixou de ser o fator de alta da inflação no período de quatro semanas encerrados no dia 7 deste mês.
O preço do gás de cozinha, de botijão, subiu 1,22% e deu sua contribuição para o aumento agregado das despesas com habitação, mas seu peso é bem menor que o da energia elétrica, de 4,20%. A equação variação e peso da energia na primeira quadrissemana de setembro teve como resultado uma contribuição de 0,34 ponto porcentual sobre o índice pleno. Por sua vez, o grupo Habitação respondeu, sozinho, por 77% do IPC no período.
Com uma alta nominalmente menor que a da Habitação, o grupo Alimentação também pressionou a inflação quadrissemanal do paulistano ao ampliar a alta de 0,22% no fechamento de agosto para 0,39% nesta primeira coleta de preços em setembro. Os alimentos industrializados subiram 0,30% numa média de altas e baixas. Os derivados do leite caíram 0,52%, as massas e farinhas e fécula caíram 0,07%. As altas vieram de salgadinhos (1,22%), derivados da carne (0,79%) e cafés, achocolatados em pó e chás (0,90%).
No seguimento dos alimentos semielaborados (-2,25%), as quedas foram anotadas nos preços das carnes suínas (3,11%), aves (3,07%), pecados (2,53%) e leites (5,81%). Neste segmento, as altas vieram das carnes bovinas (0,21%). Ainda dentro dos semielaborados, o sub segmento cereais fechou o período com queda de 1,74%, puxado por arroz (-0,54%) e feijão (-4,34%). O vilão dentro do grupo Alimentação foi o subgrupo que comporta os alimentos in natura, com alta de 5,39%. As frutas ficaram 7,48% mais caras; os legumes, 11,70%; e verduras, 6,62%. Os tubérculos caíram 4,34% enquanto a alimentação fora do domicílio teve seu preço aumentado, em média, 0,35%. Com altas de 0,34% no preço do litro da gasolina, de 1,98% no álcool combustível e 1,44% do pedágio, o grupo Transporte fechou a quadrissemana com variação de 0,03%.