Brasília  – O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, admitiu ontem que a taxa de desemprego, que ficou em 12,9% em outubro segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está bastante “resistente” este ano. “Tem muita gente chegando ao mercado de trabalho e não temos ainda o crescimento econômico no volume que gostaríamos”, argumentou.

Apesar de garantir que não vai brigar com os números, Jaques Wagner disse que espera que o desemprego caia em novembro. “Para o ano que vem não tenho dúvidas de que isso acontecerá”, garantiu. O ministro também alertou que não se pode ter um retrato do mercado de trabalho do País olhando apenas os números do IBGE, que medem a situação em apenas seis grandes regiões metropolitanas.

“Vamos trabalhar também com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)”, pediu. Os dados do Caged são divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e mostram a evolução do emprego formal (trabalhadores com carteira assinada) em todo o País. De acordo com Jaques Wagner mesmo num ano difícil como o de 2003, os números do Caged demonstram que foi possível criar 910 mil postos de trabalho de janeiro a outubro.

Consórcio

As declarações do ministro foram feitas logo após a solenidade de lançamento do 1.º consórcio do programa Primeiro Emprego chamado Gente Estrela, em Brasília. O ministro da educação, Christovam Buarque, também participou do evento. O consórcio, que reúne 46 organizações não-governamentais (ONGs) na área do Distrito Federal, vai qualificar e formar jovens para melhorar suas condições para concorrer a vagas no mercado de trabalho.

A meta do Gente Estrela é atender, aproximadamente, 2.500 jovens do Distrito federal e região do Entorno no prazo de um ano. Além de melhorar as condições de escolaridade de cada um o projeto se propõe a colocar no mínimo 20% desses jovens no mercado de trabalho. Os demais também encontrarão ocupação em formas alternativas de trabalho no associativismo e programa do pequeno empreendedor.

continua após a publicidade

continua após a publicidade