Desemprego nos países da OCDE pode atingir 10%

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou hoje que a crise de desemprego ainda não terminou, apesar de uma melhora na perspectiva econômica. “A taxa de desemprego da OCDE provavelmente vai crescer bem em 2010 e pode se aproximar de 10%” se a recuperação econômica permanecer fraca, afirmou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, numa entrevista para apresentar o relatório anual da entidade sobre perspectivas para emprego.

A taxa média de desemprego nos 30 países membros da OCDE (o Brasil não faz parte do grupo) atingiu 8,5% em julho, o nível mais alto desde a Segunda Guerra Mundial. Em 2007, antes da crise financeira, a taxa média de desemprego entre os membros da entidade era de 5,6%, o nível mais baixo desde 1980. Segundo a OCDE, a desaceleração econômica que se seguiu à crise provavelmente vai custar cerca de 25 milhões de empregos. Se a recuperação não ganhar velocidade, o desemprego pode chegar a 10% até o fim do próximo ano, com 57 milhões de pessoas sem trabalho, destacou Gurria.

Nos EUA, a taxa de desemprego, que estava variando entre 4% e 6% desde 1990, pode superar o limite de 10% e permanecer nesse nível em todo o ano de 2010. O mercado de trabalho da zona do euro vai sofrer danos maiores, de acordo com o relatório da entidade. Na Alemanha, na França e na Itália, as três maiores economias da região, o desemprego deverá atingir 11,8%, 11,3% e 10,5%, respectivamente, até o fim de 2010.

Gurria pediu que os governos tomem medidas para combater a tendência, incluindo a extensão de redes de segurança social. “É necessário haver políticas especiais concentradas no mercado de trabalho, para que possamos ter uma recuperação mais rápida”, afirmou. No entanto, Gurria observou que o suporte para o mercado de trabalho precisa ser temporário e objetivo, ou poderá se tornar um obstáculo para a recuperação. As informações são da Dow Jones.

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