Desemprego na zona do euro sobe a 9,5%

A taxa de desemprego nos 16 países que adotam o euro como moeda subiu para o maior nível em mais de uma década em julho, conforme mais empresas demitem funcionários em uma tentativa de sobreviver à pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.

Segundo dados da Eurostat, a taxa de desemprego da zona do euro cresceu para 9,5% em julho, de 9,4% em junho, o nível mais alto desde maio de 1999. O dado ficou em linha com as projeções dos economistas.

A Eurostat afirmou que 167 mil pessoas perderam o emprego durante o mês de julho, deixando 15,09 milhões sem emprego na região, um número maior do que toda a população da Áustria e da Irlanda somadas.

O contínuo aumento do número de desempregados torna improvável que os gastos dos consumidores se recupere rapidamente, mesmo se a zona do euro voltar a crescer neste trimestre. A taxa de desemprego entre pessoas com menos de 25 anos ficou em 19,7% em julho, informou a Eurostat.

No entanto, existem indicadores de que o aumento da taxa de desemprego possa estar se desacelerando. Uma pesquisa realizada em agosto com gerentes de compra do setor de manufatura descobriu que as fábricas continuaram cortando as folhas de pagamento pelo décimo quinto mês consecutivo, mas no ritmo mais lento desde outubro de 2008.

Nos 27 países membros da União Europeia, 225 mil pessoas perderam o emprego em julho, levando o total de desempregados para 21,8 milhões, ou 9% da força de trabalho. A Eurostat afirmou que a Espanha registrou a taxa de desemprego mais alta da União Europeia, de 18,5%, enquanto a Holanda teve a mais baixa, de 3,4%.

Alemanha

O número de desempregados na Alemanha caiu inesperadamente em 1 mil em agosto, em termos sazonalmente ajustados, mantendo a taxa de desemprego inalterada em 8,3%, também em base sazonalmente ajustada, informou a Agência Federal de Trabalho. Mas a perspectiva para o emprego segue “difícil”, em consequência das incertezas econômicas, afirmou o ministro do Trabalho, Olaf Scholz.

A retração do número de desempregados em agosto contraria a previsão de aumento de 30 mil dos economistas, mas que esperavam manutenção da taxa de desemprego em 8,3%. A agência revisou o dado de julho, informando que o número de desempregados caiu 5 mil, queda inferior a 6 mil informado anteriormente.

Atividade

A contração do setor de manufatura da zona do euro desacelerou mais do que o esperado em agosto, no mais recente sinal de que a economia da região está superando a pior fase da recessão, segundo dados da Markit Economics.

A recuperação foi movida por dados melhores do que o esperado na Alemanha e na França. A leitura final do índice de atividade do setor de manufatura (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu para 48,2 em agosto, a máxima em 14 meses, de 46,3 em julho. Um índice abaixo de 50,0 indica que a produção está se contraindo, enquanto acima disso indica expansão. Economistas esperavam um aumento para 47,9.

No mês passado, Alemanha e França surpreenderam os economistas ao anunciar uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,3% no segundo trimestre deste ano.

O PMI do setor de manufatura da Alemanha subiu para a máxima do último ano de 49,2 em agosto, ante 45,7 em julho, superando as expectativas dos economistas, de 49,0. Já o índice para a França cresceu para 50,8, de 48,1 em julho, o primeiro mês de expansão desde maio do ano passado e também acima das previsões.

Para a zona do euro como um todo, os dados mostraram que a produção manufatureira aumentou pela primeira vez em 15 meses em agosto e que as encomendas cresceram pela primeira vez desde março do ano passado.

O nível das novas encomendas para exportação também se estabilizou em agosto, encerrando um período de 16 meses de redução, afirmou a Markit. As informações são da Dow Jones.

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