A taxa de desemprego na zona do euro ficou em 10% pelo segundo mês consecutivo em dezembro, apesar da maior queda no número de desempregados em 33 meses, informou hoje a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Nos meses anteriores, as taxas mais altas foram registradas nos estados membros no centro da crise da dívida da zona do euro, tais como Espanha e Irlanda.

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Economistas esperavam que a taxa de desemprego ficasse inalterada em relação ao dado original de novembro, de 10,1% – a maior em 12 anos e meio. A taxa de desemprego de novembro, no entanto, foi revisada para 10% e se segue à taxa de 10,1% de outubro. Nos quatro meses anteriores, a taxa foi de 10%.

O Eurostat informou ainda que o número de desempregados na zona do euro caiu 73 mil entre novembro e dezembro, o maior recuo desde março de 2008, mas apenas o equivalente a 0,46% do total de pessoas sem emprego. Em dezembro, o número de desempregados na zona do euro somou 15,8 milhões, 178 mil a mais do que em dezembro de 2009 e mais que as populações combinadas da Áustria e da Irlanda.

A taxa de desemprego alta da zona do euro, que subiu do patamar de 7,2% no início de 2008, sugere que uma recuperação acentuada da demanda do consumidor é improvável. A taxa se compara com o desemprego de 9,4% nos EUA em dezembro e de 4,9% no Japão.

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Alemanha

O mercado de trabalho da Alemanha se recuperou em janeiro, depois de se enfraquecer em dezembro, segundo pesquisa do Escritório Federal do Trabalho. O número de pessoas desempregadas diminuiu 13 mil, com ajustes sazonais, ante o aumento de 1 mil em dado revisado de dezembro.

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Com isso, a taxa de desemprego ajustada da Alemanha caiu de 7,5% em dezembro para 7,4% em janeiro. Essa é a menor taxa desde que os registros dessa medida começaram a ser feitos, em 1999, segundo um representante do Escritório Federal do Trabalho. O resultado foi melhor que o esperado. Economistas previam queda de 9 mil no número de desempregados e taxa de desemprego ajustada de 7,5%.

No entanto, em base não ajustada, o desemprego geralmente aumenta durante os meses de inverno no país, já que boa parte dos trabalhos externos não pode ser feita em razão da neve e do frio. Diante disso, a taxa de desemprego não ajustada subiu , de 7,2% em dezembro para 7,9% em janeiro.

Um total de 3,347 milhões de pessoas estavam sem emprego em janeiro, em comparação com 3,016 milhões em dezembro. Esse é o menor número de desempregados para um mês de janeiro desde 1992, quando 3,219 milhões de pessoas não tinham trabalho. As informações são da Dow Jones.