A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba no mês de abril foi de 8,7%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada ontem, pelo Ipardes em parceria com o IBGE. A pesquisa estima que o número de pessoas desocupadas e procurando trabalho no mês de referência foi de 129 mil. A pesquisa envolveu 4,6 mil domicílios e cerca de 11 mil pessoas.
Segundo a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, não houve variação significativa na comparação do total de desocupados estimados para o mês de março de 2006 e abril de 2005, quando o número em ambos os meses foi de 121 mil pessoas nesta condição. Ainda segundo a diretora do CEE, a taxa de desocupação também não apresentou alteração considerável quando comparado ao mês anterior e a abril de 2005 que tiveram taxa igual a 8,2%.
Em relação às outras seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a RMC apresentou umas das menores taxas de desemprego, junto com a RM de Porto Alegre (8,3%) e Rio de Janeiro (8,4%). As demais regiões apresentaram os seguintes índices: Belo Horizonte (9,1%); São Paulo (10,7%); Salvador (13,4%) e Recife (13,4%). A média para essas seis regiões foi de 10,4%.
Nível de emprego
Os grupos de atividades, segundo a pesquisa do Ipardes, que apresentaram variações significativas no número de pessoas ocupadas em relação ao mês de março, foram: ?Comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos e, comércio varejista de combustíveis?: (8,2%). ?Este índice representa 23 mil pessoas a mais trabalhando nesse grupo de atividade. Outro setor que apresentou crescimento foi da construção civil, com 5,3% ou seja 5 mil trabalhadores a mais com carteira assinada?, revelou Sachiko Araki Lira.
O grupo que apresentou maior queda na geração de emprego foi o ?outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, serviços pessoais?, com 7,6%. Os demais grupos apresentaram o seguinte comportamento: ?Indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água?: (-2,6%); ?Construção civil?: (5,3%); ?Intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (-8,1%); ?Administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais?: (2,4%); ?Serviços domésticos?: (3,2%).
Registro em carteira
Em abril, do total de pessoas ocupadas, 75,1% estavam na condição de empregados (1,013 milhão), 18,7% trabalhavam por conta própria (251 mil) e 5,2% eram empregadores (70 mil).
Em relação ao mês de março de 2006, no setor privado o número de empregados com carteira assinada (628 mil) e sem carteira assinada (138 mil) não apresentaram variações significativas, -1,4% e 9,5%, respectivamente. Na comparação com abril de 2005, também não houve variações significativas, 1,6% e 0,7%, respectivamente.
Quanto ao rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, no mês de abril/2006, foi de R$ 976,30, valor 0,2% maior ao do mês de março/2006 e 0,6% ao mesmo mês do ano anterior. O rendimento médio real habitualmente recebido pelos empregados do setor privado com carteira assinada, em março de 2006 foi de R$ 891,50, valor inferior em 2,4% ao de março/2006. Já o rendimento médio dos empregados do setor privado sem carteira assinada foi de R$ 685,70, valor superior em 5,6% quando comparado ao de março/2006 (R$ 649,48) e superior em 10,9% quando comparado ao de abril/2005.
Os trabalhadores por conta própria apresentaram rendimento médio de R$ 955,40 no mês de abril/2006, apresentando redução de 1,7% em relação ao mês de março/2006 e aumento de 2,6% na comparação com abril de 2005.