O desemprego na zona do euro permaneceu em sua taxa mais elevada em cerca de 12 anos e meio em novembro, apesar de o número de pessoas desempregadas há cinco meses ter registrado a maior queda em mais de 5 meses, segundo dados oficiais divulgados hoje. A taxa de desemprego da zona do euro ficou estável em 10,1% em novembro ante outubro, o maior patamar desde julho de 1998, informou a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Os números vieram em linha com a média das projeções dos economistas.
Os dados de hoje considera os 16 países que, no ano passado, utilizavam o euro como moeda. Desde o início de janeiro de 2011, a Estônia também faz parte do grupo. Os países-membros que estão no centro da crise da dívida da zona do euro, como a Espanha e a Irlanda, registraram as taxas de desemprego mais altas, em um sinal de que essas nações continuarão a ser um obstáculo para o crescimento da região, enquanto as maiores economias, como a da Alemanha e a da França, avançam.
O número de pessoas desempregadas na zona do euro caiu 39 mil entre outubro e novembro, a baixa mais acentuada desde junho de 2009. Porém, o recuo representou somente 0,2% do número total de pessoas sem emprego e se seguiu à alta de 96 mil registrada um mês antes. Em novembro, o número total de pessoas desempregadas na zona do euro foi de 15,9 milhões, 347 mil a mais do que o registrado em novembro de 2009 e superior às populações combinadas da Áustria e da Irlanda.
A taxa de desemprego na Espanha, que permaneceu em 20,6% pelo terceiro mês consecutivo em novembro, na comparação com outubro, foi a maior entre os países-membros para os quais os dados estavam disponíveis. A taxa de desemprego da Irlanda ficou estável em 13,9% pelo terceiro mês consecutivo em novembro, enquanto a de Portugal permaneceu inalterada em 11%.
A taxa de desemprego da Alemanha ficou inalterada em 6,7% pelo quarto mês seguido em novembro ante outubro, enquanto a da França subiu de 9,7% para 9,8%. As informações são da Dow Jones.