Desemprego cai para 4% em 2013 na Região Sul do País

O mapa do emprego no Brasil é desigual. Embora a taxa de desemprego tenha subido em quase todas as regiões do País, a Região Sul ficou imune, passando de 4,2% em 2012 para 4,0% em 2013, com queda de 2,2% no contingente total de desocupados, que somou 637 mil pessoas. O destaque negativo foi a Região Norte, onde a taxa de desemprego subiu de 6,3% para 7,3%.

Pará (de 5,8% para 7,3%), Acre (5,8% para 7,6%) e Amapá (9,9% para 12,1%) puxaram a alta no Norte. Para Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), apesar do destaque negativo nesses Estados, a piora no desemprego foi generalizada. “Foi um fenômeno bem generalizado, não só em uma região, não só no Norte”, afirmou. No Nordeste, a taxa de desemprego avançou de 7,6% em 2012 para 8,0% em 2013, mas o Rio Grande do Norte viu um avanço bem maior, de 7,1% para 11,0%.

No Sudeste, a taxa de desemprego subiu de 6,1% para 6,6% (São Paulo foi de 6,2% para 6,6%), com destaque para a piora no emprego na indústria. Segundo o IBGE, houve redução de 3,5% (ou 470 mil empregados) no contingente de trabalhadores da indústria.

O cenário negativo na indústria segue neste ano: semana passada, o IBGE já havia informado que o nível de emprego no setor registrou a 34.ª queda consecutiva em julho.

Na comparação com o mesmo mês de 2013, o recuo foi de 3,6%, conduzindo o mercado de trabalho da indústria ao nível mais baixo desde abril de 2004.

O pior quadro foi registrado em São Paulo, onde houve queda de 5,1% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, a perda mais intensa de toda a série iniciada em 2001.

As disparidades regionais também poderiam explicar o fato de a taxa nacional de desemprego ter subido de 6,1% para 6,5%, enquanto a taxa mensal do IBGE renovou recorde de baixa em 2013, pois nenhuma região metropolitana do Norte está incluída na pesquisa mensal do IBGE.

“O aspecto regional poderia explicar a diferença, mas tem algo de diferente também na metodologia, não é só a questão da abrangência”, afirmou Carlos Henrique Leite Corseuil, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ressaltando que essas diferenças precisam ser melhor estudadas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo