O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 6,9% em março na comparação com o mês anterior, para 83,4 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. Em fevereiro, o ICD subiu 1,2%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), “o resultado sinaliza uma nova piora do mercado de trabalho em março”.
“O ICD mostra um aumento do desemprego, motivado por demissões, o que é capturado pela piora da percepção das famílias em relação ao mercado de trabalho. Como as demissões estão se alastrando para o setor de serviços, que é intensivo em mão de obra, parece que as famílias passam a perceber mais facilmente essa piora. “, observou o pesquisador da FGV, Rodrigo Leandro de Moura.
A instituição ressaltou ainda que famílias de todos os extratos de renda apresentaram uma piora acentuada em sua percepção do mercado de trabalho, com destaque para aquelas pertencentes à classe média (cuja renda familiar está entre R$ 2.100 e R$4.800).
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.