Desembolsos do PSI caem à metade no primeiro bimestre

Com orçamento reduzido e juros mais altos para se adequar ao ajuste fiscal, o Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI) minguou no início do ano. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 7,4 bilhões do programa em janeiro e fevereiro, queda de 50% ante igual período de 2014, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Descontando a inflação, a queda seria maior.

Os números de março ainda não foram fechados, mas a tendência de queda persiste para o ano. O BNDES trabalha com um orçamento para liberar R$ 170 bilhões neste ano, queda de 9,5%, sem descontar a inflação.

O PSI foi criado em 2009, como resposta do governo à fase mais aguda da crise internacional, iniciada em 2008. O objetivo era oferecer crédito barato às empresas num cenário de parada abrupta das linhas de financiamento por causa da quebra do banco Lehman Brothers, nos Estados Unidos.

Canalizando parte do montante bilionário de aportes do Tesouro no BNDES – o estoque acumulado chegou a R$ 466 bilhões no ano passado -, o PSI foi mantido, sendo renovado sucessivamente ano após ano, como tentativa de reanimar a economia no período de baixo crescimento desde 2011. Foi inserido no rol de “políticas anticíclicas” do governo. Em 2014, o programa respondeu por 40,6% dos R$ 187,8 bilhões liberados pelo BNDES.

A queda nos desembolsos neste ano era esperada porque, ao ser renovado para 2015, o PSI viu seu orçamento cair para R$ 50 bilhões, ante R$ 80 bilhões em 2014. Os juros, de 4% a 8%, subiram para de 6,5% a 11%. Houve também redução na parcela máxima do investimento que o BNDES pode financiar, na maioria dos casos, de 100% para 70%. As novas regras do PSI foram anunciadas em 19 de dezembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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