O presidente da Copel, Ronald Ravedutti, informou nesta quinta-feira (8) que o desconto nas contas de luz para os consumidores pontuais no seu pagamento deixou de vigorar. “O desconto, que neutralizava os efeitos do reajuste tarifário médio de 12,98%, fixado em junho de 2009, pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, foi autorizado pelo Conselho de Administração da Companhia para vigorar de julho de 2009 até junho de 2010”, explicou o executivo. “Até o momento, não houve deliberação dos colegiados superiores de gestão da Companhia, especificamente seu Conselho de Administração e a Assembleia Geral de Acionistas, pela sua continuidade”.

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Ronald Ravedutti observou que durante todos os 12 meses em que a Copel, com autorização do Conselho, deixou de aplicar aquele percentual às contas de luz, foram mantidos em poder da população e em circulação na economia paranaense cerca de R$ 600 milhões. “Nenhuma outra empresa elétrica do Brasil fez para os seus consumidores o que a Copel tem feito em favor dos paranaenses por ela atendidos”, enfatizou o presidente.

“Além de praticar uma tarifa que, mesmo sem a aplicação de qualquer desconto, continua sendo a menor do País entre as concessionárias de porte comparável, a Copel ofereceu a todos os paranaenses até junho de 2010, independentemente de sua condição econômica ou da categoria de consumo, eletricidade a preços de junho de 2008”, detalhou. “Esse benefício, oferecido num momento em que os reflexos da crise econômica mundial ainda eram sentidos no Paraná, foi bastante importante e nenhum outro brasileiro, além dos clientes da Copel, pôde usufruir”.

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O presidente da Copel também ressaltou que a prática dos descontos para neutralizar o reajuste médio de 12,98% concedido pela Aneel em junho de 2009 deixou de se justificar como benefício social. “Observamos que o desconto deixou de cumprir sua finalidade social, quando cerca de 50% das contas de luz não mais eram pagas até o vencimento, e que a grande maioria dessas contas era de famílias com padrão de consumo muito pequeno”. Segundo Ravedutti, as famílias mais pobres eram penalizadas, pois ao quitar a conta de luz após o vencimento pagavam tarifa já reajustada, mais elevada que aquela paga pelas famílias de melhor condição econômica.

Ronald Ravedutti lembrou que a Copel desenvolve o maior programa de investimentos da sua história, no importe de R$ 1,34 bilhão, e de cuja efetiva concretização depende o adequado suprimento de eletricidade ao Paraná no futuro. Além disso, existe a disposição estratégica da Companhia de crescer e expandir suas atividades, inclusive fora do Paraná, para assumir um papel de crescente relevo dentro do setor elétrico brasileiro.

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“Estamos construindo, em parceria com a Eletrosul, a Usina Mauá, que fica pronta no ano que vem e cujos investimentos passam de R$ 1 bilhão”, destacou o presidente. “Além disso, vencemos recentemente um leilão para construir e operar uma linha de transmissão de 525 mil volts e uma subestação no interior de São Paulo, onde investiremos em torno de R$ 270 milhões, obras que marcam o ingresso da Copel no maior polo consumidor de energia elétrica no Brasil”.

Em razão desses empreendimentos e também das obras necessárias à expansão e reforço do sistema elétrico paranaense, ainda que em alguns casos ela possa dispor de financiamentos como ocorre com as obras incluídas no PAC, a Copel precisa contar com os recursos provenientes da venda de eletricidade, sob pena de ver inviabilizados os projetos. “Ainda que seja uma obra com financiamento, sempre existe o compromisso de a empresa ingressar com uma contrapartida cuja origem é o caixa da Companhia”, esclareceu Ravedutti. “E não podemos comprometer nosso programa de investimentos, sob pena de colocar em risco os projetos de crescimento econômico e desenvolvimento social do Estado”, encerrou o presidente.