A desaceleração do Índice Nacional de Custos da Construção – Mercado (INCC-M), de 1,96% em junho para 0,73% em julho, teve a contribuição dos grupos Serviços, Mão de Obra e Materiais e Equipamentos, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O grupo Serviços passou de uma taxa de 0,71% em junho para 0,15% em julho.
A instituição destacou a desaceleração do subgrupo vale transporte, cuja variação passou de 2,24% para -2,34%. Já o índice correspondente a Mão de Obra registrou variação positiva de 1,05% este mês ante 3,24% no mês anterior. De acordo com a FGV, “a desaceleração foi consequência do fim do reajuste salarial ocorrido em São Paulo, onde a taxa passou de 6,18% para 0,19%. Em Salvador, Brasília e Porto Alegre as taxas apuradas apresentam pequenas variações referente ainda aos dissídios”.
O índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,43%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,54%. Dos quatro subgrupos componentes, três apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o subgrupo materiais para estrutura, que passou de 0,62% para 0,36%.
Entre as maiores influências negativas no INCC-M de julho estão vale transporte (de 2,24% para -2,34%), vergalhões e arames de aço (de 0,42% para -0,28%), massa de concreto (de 1,29% para -0,08%), pedra britada (de 0,26% para -0,77%) e rodapé de madeira (de 0,67% para -0,43%). Já entre as maiores influências positivas, a FGV destaca ajudante especializado (de 3,56% para 1,09%), servente (de 2,97% para 0,96%), engenheiro (de 2,72% para 1,67%), pedreiro (de 3,44% para 0,93%) e encarregado (de 2,36% para 1,77%).