O setor de derivados de petróleo foi o único que apresentou crescimento da produção e uso da capacidade acima do usual em janeiro, de acordo com Sondagem Industrial divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Já a indústria de bebidas teve a maior piora nos dois indicadores em relação a dezembro.

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A indústria brasileira começou 2012 em ritmo fraco. O indicador de produção ficou em 45 pontos, quinto mês consecutivo de retração. Valores abaixo de 50 indicam queda na atividade. O uso da capacidade instalada continua abaixo do usual, em 41,7 pontos, menor valor desde 2009.

Os estoques estão acima do planejado pelos industriais, em nível superior ao apurado em dezembro, principalmente nos setores têxtil, de máquinas e equipamentos e calçados. O número de empregados registrou nova queda em janeiro, com destaque para a redução na indústria de vestuário.

Apesar desses resultados, as perspectivas dos empresários para demanda, exportações, compra de matéria-prima e emprego para os próximos seis meses melhoraram. O indicador passou de 56,2 pontos para 59,3 pontos.

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Industriais de todas as regiões se mostram mais otimistas em relação a todas essas variáveis ante a sondagem anterior. A exceção é a avaliação das indústrias do Sudeste e Nordeste sobre as vendas externas, que ainda é pessimista, mas menos do que o verificado na pesquisa divulgada no mês passado. Os empresários do Sudeste também são os menos otimistas em relação às outras variáveis.

Para a CNI, a tendência é de crescimento da atividade ao longo do semestre, mas essa recuperação deve demorar. Segundo a entidade, a indústria terá de reduzir a produção ainda mais para diminuir os estoques. E só depois poderá voltar a um ritmo de produção mais acelerado.

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