Os depósitos no Banca Monte dei Paschi di Siena diminuíram “alguns bilhões de euros” depois de um recente escândalo envolvendo contratos de chamados “produtos estruturados” comercializados pelo banco. A admissão foi feita pela própria instituição financeira em documento publicado hoje em sua página na internet, semanas antes de reunião de acionistas programada para 29 de abril.

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“A revelação da natureza ilícita das operações em questão e suas consequências sobre os ativos do banco expuseram a instituição a danos a sua reputação que foram imediatamente traduzidos na (…) retirada de alguns bilhões de euros em depósitos, após comunicações ao mercado e à mídia sobre as duas operações com Nomura e Deutsche Bank”, diz o comunicado. As comunicações ocorreram em fevereiro.

O Banca Monte dei Paschi di Siena é o banco mais antigo do mundo e o terceiro maior da Itália em ativos. No início da última semana, a polícia financeira italiana realizou buscas nos escritórios da Nomura Securities em Milão como parte da investigação sobre acordos financeiros suspeitos feitos pelo Monte dei Paschi di Siena.

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A Nomura é parceira do Monte dei Paschi numa transação de produtos estruturados chamada de Alexandria, alvo de uma investigação sobre contabilidade falsa e violação de regras de mercado. O banco italiano admitiu no passado recente que a transação Alexandria foi representada de forma incorreta em sua contabilidade. Em novembro, o Monte dei Paschi apresentou uma revisão indicando que não foi contabilizada uma perda de 273,50 milhões de euros (US$ 352 milhões) na transação. As informações são da Dow Jones.