A General Motors (GM) apresentou ontem (11) proposta para suspender até 26 de janeiro as demissões previstas para o final de novembro. Cerca de 1,6 mil funcionários estão com os empregos ameaçados com a transferência das atividades da montadora em São José dos Campos para outras unidades.
A trégua ajustada com líderes sindicais deve ser referendada pelos trabalhadores em assembleia na próxima segunda-feira (15).
Um acordo firmado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos havia deixado mais de 940 trabalhadores suspensos do trabalho, mas recebendo salário até o dia 30 de novembro. Também ficou acertada a manutenção da linha de montagem do Classic, preservando 900 operários.
Foi aberto ainda uma plano de demissão voluntária que, segundo o sindicato, já teve adesão de 232 trabalhadores entre os que estavam sob risco de demissão.
Desde o começo do ano, a GM já promoveu dois programas de demissão voluntária nas unidades de São José dos Campos. A empresa diz que está transferindo suas atividades para outros municípios, entre eles, São Caetano do Sul (SP).
Apesar de a empresa alegar que mantém saldo positivo de geração de empregos, o sindicato diz, com base em estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que a GM tinha saldo negativo de 1.189 postos de trabalho até agosto.
O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, disse que o tempo ganho com o acordo de hoje será aproveitado para aumentar a mobilização dos trabalhadores na tentativa de reverter as demissões. “Queremos chegar ao fim das negociações com todos os trabalhadores de volta à fábrica e a garantia de novos investimentos”, declarou.