A preocupação dos empresários do setor de serviços com a demanda, tanto no momento atual quanto no futuro, foi a principal pressão sobre a confiança em junho. Neste mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,7% em relação ao resultado de maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em relação à situação corrente, o indicador de volume de demanda atual cedeu 1,9% em junho, após cair 5,8% em maio, sempre na comparação com o mês imediatamente anterior. Segundo a FGV, a proporção de empresas que avaliam a demanda percebida atualmente aumentou de 10,8% para 12,3% do total. Porém, a alta foi insuficiente para compensar a elevação na fatia dos que entendem que a demanda está fraca, de 25,9% para 29,0%.
O indicador sobre a situação atual dos negócios também recuou 1,1%, após cair 3,6% em maio. De acordo com a Fundação, a proporção de empresas que avaliam a situação como boa passou de 22,2% para 24,0%, mas a fatia dos que analisam esse aspecto como ruim também subiu, de 21,0% para 23,9%.
Expectativas
No que se refere às expectativas, a deterioração ocorre basicamente na demanda prevista, cujo indicador recuou 1,3%. O porcentual de empresas que preveem maior procura de consumidores caiu de 33,6% para 31,9%, enquanto a fatia dos que projetam menor demanda passou de 14,0% para 13,8%.
O indicador de tendência dos negócios, por sua vez, subiu 0,8% em junho ante maio, sendo a exceção entre os aspectos pesquisados. A proporção de empresas esperando melhora dos negócios avançou de 33,2% para 33,6%, enquanto a das que esperam uma piora recuou de 11,8% para 11,2%.
“O resultado de junho mostra um quadro desfavorável para o setor no segundo trimestre, embora haja uma suavização na tendência declinante do indicador em junho. Prevalece a percepção de um cenário de deterioração no ritmo de negócios, embora a ligeira alta do Indicador de Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes tenha sido um sinal favorável depois de alguns meses de expectativas em queda”, avalia a FGV.