A queda de 2,2% no volume de serviços prestados em julho ante junho, a maior para o mês já registrada na série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), decorreu da base de comparação elevada. Segundo Rodrigo Lobo, gerente da PMS, um excesso de demanda por frete em junho ajuda a explicar a baixa na atividade de transportes.

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Em junho ante maio, o volume de serviços prestados avançou 4,8% (após revisão, pois o primeiro dado informado pelo IBGE mês passado apontava alta de 6,6%), maior alta da série histórica da PMS, iniciada em 2011. O movimento foi puxado pelos serviços de transporte, com alta de 15,5% ante maio.

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Segundo Lobo, a forte alta de junho pode ser justificada por uma corrida das empresas por frete, para garantir o transporte de cargas e evitar casos de desabastecimento como ocorreu no fim de maio, por causa da greve dos caminhoneiros.

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“Talvez tenha havido excesso de demanda por frete em junho”, afirmou Lobo. “Provavelmente, os empresários não sabiam quanto tempo ia durar (a greve) e aceleraram pedidos”, disse o pesquisador.

Em julho, parte do excesso pode ter sido devolvido, de acordo com Lobo. Os serviços de transporte tombaram 4,0% em julho ante junho, principal impacto negativo na queda de 2,2% no setor como um todo.