A desaceleração da indústria nos últimos três meses, associada às paralisações e aos feriados em decorrência da Copa do Mundo, pesaram para a redução de 0,8 ponto porcentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), afirmou nesta quarta-feira, 25, o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo. O Nuci ficou em 83,5% na prévia da Sondagem da Indústria de junho. Se confirmado no fim do mês, será o maior nível desde novembro de 2011 (83,3%).

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“Apesar da demanda fraca, muitas indústrias mantiveram a produção em maio para poder fazer uma parada em junho, antecipando as férias e aproveitando a Copa do Mundo”, explicou Campelo. “A maioria das indústrias que estão paralisando as atividades já faria isso em julho por tradição. Mas há também quem está diminuindo (a produção) por conta de demanda”, acrescentou.

Em julho, contudo, o Nuci deve mostrar certa recuperação, com a retomada das atividades a partir da fase final da Copa do Mundo, mas sem voltar para o patamar em que estava no mês de maio (84,3%). “A Copa vai atrapalhar muito menos a partir do dia 6 de julho, pois os jogos vão ficar concentrados no sábado e no domingo”, disse Campelo.

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