Demanda externa por gás não será toda atendida, diz governo boliviano

O governo da Bolívia afirmou nesta quinta-feira (3) em entrevista a agências internacionais de notícias que não cumprirá seus contratos de venda de gás ao Brasil e à Argentina em 2008. Segundo o ministro de energia boliviano, Carlos Villegas, serão marcadas reuniões nas próximas semanas para analisar uma possível solução para a falta do combustível para atender a demanda nesses mercados juntamente com o consumo local.

Segundo Villegas, que falou à imprensa juntamente com o presidente Evo Morales, no final deste ano o país vai produzir em média 42 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, mas a demanda interna e externa será de 46 milhões de metros cúbicos de gás. Somente o Brasil, lembrou, estará consumindo 31 milhões de metros cúbicos diários.

O ministro ainda afirmou que na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz foi decidido que neste ano não serão enviados os pequenos volumes de gás contratados em Cuiabá nem à empresa Comgás, de São Paulo.

O contrato que será cumprido é o da Petrobras, no qual está previsto o envio de 31 milhões de metros cúbicos diários de gás a São Paulo e pelo qual a companhia paga à Bolívia atualmente quase US$ 4,9 por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica).

A outra prioridade da Bolívia, disse Villegas, será atender seu mercado interno, que demandará entre 5,5 milhões e 6 milhões de metros cúbicos diários. "O restante será enviado à Argentina", disse.

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