Pouco mais de um terço das empresas do setor de serviços avaliam o volume atual da demanda como fraco. Além disso, a previsão de vendas nos próximos meses não indica melhora, enquanto a tendência dos negócios no futuro segue mostrando deterioração. A combinação destes resultados traçou o cenário de queda da confiança do setor de serviços em fevereiro. O índice recuou 5,4% em relação a janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 2
De acordo com a instituição, a avaliação sobre a situação atual dos empresários piorou 6,9%. Boa parte desse resultado foi determinada pela redução de 8,2% do indicador de volume de demanda atual. Segundo a FGV, a proporção de empresas que avaliam a demanda atual como forte diminuiu de 11,4% para 8,8% entre janeiro e fevereiro, enquanto a parcela das que avaliam como fraca passou de 32,4% para 36,3% no período. Além disso, houve queda de 5,7% do indicador de situação atual dos negócios.
A deterioração das expectativas (-4,5%), por sua vez, também foi provocada por uma piora em ambos os quesitos. Em fevereiro, houve queda de 5,1% do indicador de tendência dos negócios. Ao todo, a proporção de empresas que esperam melhora neste indicador passou de 30,8% em janeiro para 29,3% no mês passado, enquanto a parcela das que esperam piora aumentou de 14,1% para 18,5% no período. Já o indicador de volume atual cedeu 3,9%.
Com a queda da confiança, o índice de serviços atingiu o menor patamar de toda a série histórica, iniciada em junho de 2008. Segundo a FGV, a deterioração nas avaliações se espalhou por 10 das 12 atividades pesquisadas na sondagem.