O encarecimento do crédito devido à alta dos juros, o avanço do desemprego e os baixos níveis de confiança dos consumidores foram decisivos para a diminuição na procura de pessoas físicas por fontes de financiamento, segundo economistas da Serasa Experian. A demanda por crédito recuou 3,9% em setembro ante agosto, na série sem ajuste sazonal da pesquisa da instituição. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração foi de 3,6%. Já no acumulado dos nove primeiros meses de 2015, a procura ainda registra alta de 3,2% ante igual intervalo de 2014.

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A demanda do consumidor por crédito caiu em todas as faixas de rendas em setembro na margem, sendo que os destaques foram as camadas de rendas mensais mais baixas, com diminuição de 3,8% entre aqueles que ganham até R$ 500 por mês, de 4,1% para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais e de 3,9% para os consumidores cujo rendimento mensal está compreendido entre R$ 1.000 e R$ 2.000. Entre os consumidores que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês e entre R$ 5.000 e R$ 10.000 mensais, a retração foi de 3,5%. No grupo de consumidores com renda superior a R$ 10.000 mensais, a busca por crédito teve retração de 3,4% em setembro na comparação com agosto.

Na análise por regiões, a queda na demanda dos consumidores por crédito também foi generalizada na comparação mensal: Sul (-7,5%), Centro-Oeste (-6,9%), Norte (-3,1%), Sudeste (-2,7%) e Nordeste (-2,1%). No acumulado do ano, porém, a busca por formas de financiamento ainda registra crescimento em todas as regiões do País: Nordeste (+1,0%), Sudeste (+2,7%), Sul (+4,5%), Centro-Oeste (+5,6%) e Norte (+8,3%).

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