A crise econômica internacional fez a procura do consumidor por crédito diminuir 1,2% em 2009, segundo o Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado hoje.

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De acordo com o indicador, o aumento de 4,5% no número de consumidores que, no segundo semestre de 2009, procuraram crédito nos bancos, empresas de financiamento, crediários, cartões de crédito, entre outros, não foi suficiente para equilibrar a queda de 6,8% verificada nos primeiros seis meses ante mesmo intervalo de 2008, tendo como consequência o declínio no acumulado do ano.

Os resultados da crise afetaram a economia brasileira em boa parte do primeiro semestre de 2009. A baixa renda conduziu o arrefecimento da demanda, conforme o índice.

Ante novembro, a busca do consumidor por crédito cresceu 1,6% em dezembro, o segundo acréscimo mensal seguido. A subida em novembro ante outubro havia sido de 2,1%. Já no confronto com dezembro de 2008, a ampliação notada em dezembro de 2009 foi de 11,1%, levando-se em conta a base reduzida de comparação, uma vez que a crise começou a se fazer sentir na economia do País a partir do último trimestre de 2008.

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Esta mesma base mais fraca de comparação havia apresentado uma elevação de 9,1% na busca do consumidor por crédito em novembro de 2009 ante o mesmo mês de 2008.

Por renda, o recuo de 1,2% na demanda do consumidor por crédito foi definido pela queda de 10,4% naqueles cujo rendimento pessoal mensal é de até 500 reais. Para os economistas da Serasa Experian, essa conduta deve-se ao fato de que, em geral, os consumidores de mais baixa renda não têm por costume deter reservas (ativos) para circunstâncias de crise.

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Dessa forma, por serem mais vulneráveis, afirmam os especialistas, recolhem-se de modo mais forte ao gasto financiado, por causa das dúvidas quanto à renda futura.

Os consumidores cuja renda pessoal mensal é maior a R$ 10 mil tiveram o melhor desempenho em termos de procura por crédito em 2009: alta de 1,3% ante 2008.

Já os cujo rendimento mensal varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil fecharam 2009 no território positivo: crescimento de 1,1% ante 2008. As demais classes de rendimento somaram quedas anuais em 2009 entre 1,1% (rendimento entre R$ 2 mil e R$ 5 mil) e 3,4% (entre R$ 5 mil e R$ 10 mil).

Região

As regiões Norte e Nordeste fecharam o ano com os maiores declínios nas procuras dos consumidores por crédito: 2% e 2,2%, respectivamente. Sudeste também encerrou 2009 com queda ante 2008 (-1,5%). O Sul terminou o ano com estabilidade e o Centro-Oeste foi a única região que encerrou o ano com elevação (0,6%).