O ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, afirmou na tarde desta quarta-feira, 12, que “a mãe de todas as políticas é a fiscal correta, pois sem ela isso não vai auxiliar a política monetária a combater inflação”. Segundo ele, a boa gestão das contas públicas é essencial também para gerar um patamar de câmbio favorável para a economia. Isso ocorre porque os juros têm de subir mais do que o necessário para conter a expansão excessiva dos gastos oficiais, o que gera uma apreciação muito forte do real ante o dólar. “E isso nos custou US$ 370 bilhões em déficit de transações correntes nos últimos 7 anos”, ponderou.

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Para Delfim, “é preciso política fiscal de 3 anos, com começo, meio e fim”. “Se quisermos fazer uma correção fiscal muito rápida vamos aprofundar uma recessão.”

O ex-ministro fez os comentários ao participar de um congresso realizado pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Ao ser perguntado pelo público sobre quem será o próximo ministro da Fazenda ele respondeu: “A pessoa física não sei, mas a pessoa jurídica eu sei”.

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