Uma semana antes da visita de Estado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao Brasil, uma delegação do Parlamento russo foi recebida na Câmara dos Deputados. Segundo o vice-presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a delegação russa defendeu a ampliação da relação comercial entre os dois países para a ordem de US$ 10 bilhões. Em 2013, a corrente de comércio entre os dois países chegou a US$ 5,650 bilhões, segundo dados do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC).

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Chefiada pelo vice-presidente da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia, deputado Aleksandr Jukov, a delegação estrangeira foi recebida pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); pelo vice-presidente, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), além dos deputados Felipe Maia (DEM-RN) e Átila Lins (PSD-AM).

Segundo relato de Chinaglia após o encontro, além das relações comerciais, outros assuntos tratados foram a importância da “relação bilateral” e da “parceria estratégia entre os dois países”, inclusive no âmbito do bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Sobre a meta de US$ 10 bilhões, o deputado argumentou que tem ocorrido “aumento significativo” tanto do investimento russo no Brasil quanto de aportes brasileiros na Rússia. “As relações entre Rússia e Brasil nos termos do desenvolvimento interparlamentar são fortes”, disse Jukov durante a conversa com os parlamentares brasileiros.

De acordo com Chinaglia, não foi tratada na reunião a anexação da Crimeia pelos russos, que desencadeou uma crise e que isolou a Rússia politicamente da União Europeia e dos Estados Unidos. Um dos objetivos da visita de Putin, que ocorre na próxima segunda-feira, 14, é tentar mostrar ao mundo que esse isolamento, na prática, não se concretizou. A passagem pelo Brasil tem a meta de provar que a Rússia mantém relações fortes com algumas das maiores economias do mundo.

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