Deflação segue e demanda doméstica aquece no Japão

Dados econômicos japoneses divulgados hoje mostraram que a deflação continuou no início do ano, mas há sinais de que as quedas de preço estão se suavizando. A demanda doméstica também parece mais robusta, com a produção industrial subindo mais fortemente do que o esperado. De acordo com os analistas, os dados positivos podem reduzir os temores de que o crescimento da segunda maior economia do mundo vá diminuir novamente no meio do ano, à medida que se reduzem os estímulos fiscais. Se a demanda privada continuar firme, ajudando a tirar o Japão do cenário de deflação, isso pode também reduzir a pressão sobre o governo e o Banco do Japão (banco central do país) para que tomem novas medidas de estímulo nos próximos meses.

O núcleo do índice nacional de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) caiu pelo 11º mês consecutivo em janeiro, recuando 1,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme a previsão de consenso dos economistas. O núcleo do índice exclui os preços voláteis dos alimentos frescos. Mas o núcleo dos dados do CPI de fevereiro para a área metropolitana de Tóquio mostrou uma queda menor nos preços, contrariando a expectativa dos analistas, que previam o mesmo ritmo de queda verificado em janeiro. O núcleo do CPI de Tóquio teve queda de 1,8% em fevereiro, em dados preliminares, contra um recuo de 2% no mês passado, de acordo com o Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.

Entretanto, a forte demanda pelos produtos japoneses por parte da Ásia puxou a produção industrial mais fortemente do que os analistas previam. A produção aumentou 2,5% em janeiro na comparação com dezembro, em números sazonalmente ajustados, no 11º mês consecutivo de crescimento, e acima da previsão de consenso, que era de alta de 1,1%.

As vendas no varejo também tiveram bom desempenho no mês passado, com crescimento de 2,6% sobre janeiro de 2009, na primeira alta em 17 meses. O Ministério da Economia, Comércio e Indústria, que divulgou os dados de produção e vendas, disse que o forte volume de vendas de carros econômicos puxou para cima os números do comércio varejista. As informações são da Dow Jones.

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