‘Deflação de Alimentação no IPC-S não se sustenta’

Na avaliação do coordenador do IPC-S e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, não é possível assegurar que Alimentação continuará no terreno negativo dentro do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) no fechamento de fevereiro. O grupo registrou deflação de 0,09% na terceira quadrissemana do mês, favorecendo a queda de 0,30% para 0,27% do indicador geral. “A deflação (de Alimentação) é muito pequena e concentrada em Hortaliças e Legumes. Basta haver uma pequena reversão para o grupo sair do campo negativo. De todo modo, Alimentação em torno de zero para fechar o mês não me surpreenderia”, avaliou.

O item Hortaliças e Legumes reverteu a alta de 0,66% na segunda quadrissemana e teve recuo de 2,75% na terceira quadrissemana, sendo fundamental para arrastar Alimentação para o campo de quedas. Destaque para o tombo de 19,61% do Tomate, que liderou o ranking das maiores influências negativas do IPC-S.

Enquanto prevalece a dúvida sobre Alimentação, por outro lado, é certo que Educação deixará de pressionar o IPC-S no fechamento de fevereiro. “O efeito de Educação vai sumir. Nas quatro semanas de fevereiro, já será zero”, afirmou. O aumento dos preços do grupo de Educação, Leitura e Recreação em janeiro, puxado sobretudo por Cursos Formais, vem perdendo impacto a cada quadrissemana de fevereiro no IPC-S. Na primeira e segunda leituras, teve alta de 2,72% e 1,69% respectivamente, e na terceira quadrissemana ficou em 1,01%.

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