Definição sobre recursos para Agricultura sai até segunda

Terminou sem resolução imediata a reunião entre o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e representes dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento a respeito do problema de caixa da Agricultura para dar continuidade ao programa de sustentação de preços. De acordo com Stephanes, a definição sobre a necessidade dos recursos deve ser comunicada até o fim desta semana. “No mais tardar, até segunda-feira”, disse ao sair do Ministério da Fazenda, onde foi realizado o encontro.

Segundo o ministro, a pasta deve receber um total de R$ 1,6 bilhão dos R$ 2 bilhões propostos no encontro. Stephanes buscou tranquilizar o mercado ao afirmar que os leilões de comercialização serão mantidos. Estava prevista para esta semana, por exemplo, uma operação de venda de algodão, mas que foi suspensa por conta da falta de recursos. “A Fazenda e o Planejamento entenderam que há essa necessidade”, afirmou.

O que é preciso estudar agora, segundo Stephanes, são os impactos que esses recursos direcionados à Agricultura terão sobre o Orçamento e sobre o resultado fiscal deste e do próximo ano, já que alguns leilões feitos em 2009 apenas terão vencimento em 2010. Ele lembrou que há necessidade de um montante extra de recursos, mesmo com a experiência de que nem todo o volume será usado. Isso pode acontecer quando um participante de leilão não exerce sei direito de vender a opção para o governo, desovando o estoque diretamente para o mercado.

O orçamento da Agricultura este ano para equalização de preços e aquisição pelo governo é de R$ 5,2 bilhões. Deste total, R$ 2,9 bilhões já foram comprometidos e os demais R$ 2,3 bilhões deveriam ser compostos com a receita da própria pasta. Como o governo está em um momento de atuar no mercado com compras e os preços estão baixos, não há como o ministério fazer caixa com os estoques que tem atualmente.

O ministro da Agricultura avaliou que a safra de milho é a que possui maior necessidade de intervenção por parte do governo neste momento. “Podemos ver a retomada dos leilões de milho já na semana que vem”, previu ele. Questionado sobre se o mesmo valeria para os leilões de algodão, já que havia uma expectativa de que seria realizada mais uma operação nesta semana, o que não aconteceu por falta de recursos, Stephanes resumiu: “Isso será válido para todos.” Ele afirmou que, no caso do milho, a intenção do governo é a de retirar mais um milhão de toneladas do grão do Centro-Oeste por meio desses leilões.

No caso do café, o ministro também voltou a afirmar que a intenção é a de se realizar uma Aquisição pelo Governo Federal (AGF). Ele disse, porém, que as definições sobre as ações voltadas para o produto também devem ser anunciadas até segunda-feira.

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