Energia vai subir logo

Definição sobre reajuste da tarifa da Copel sairá em 15 dias

Os 4,2 milhões de paranaenses clientes da Copel terão que esperar mais 10 a 15 dias para saber quanto terão que desembolsar a mais na fatura de energia. Esse é o prazo estimado pelo presidente da companhia, Lindolfo Zimmer, para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se manifeste sobre o pedido de postergação do reajuste médio de 35,5%, autorizado pela diretoria do órgão regulador anteontem e um dos maiores do país, e aprove novo índice.

A Aneel informou que recebeu ontem o pedido de suspensão temporária feito pela Copel e que esse documento será publicado até hoje no Diário Oficial da União. A partir desse ato, que formaliza a não aplicação do aumento, a Copel tem dez dias úteis para encaminhar recurso pedindo o diferimento, ou seja, que parte da correção aprovada pela agência seja adiada para a próxima revisão tarifária. Depois, a diretoria da Aneel decidirá se acata o novo índice proposto.

Anualmente, as concessionárias são obrigadas a apresentar à Aneel sua proposta de reajuste tarifário, com base na fórmula definida em contrato, que leva em conta uma série de itens técnicos. O reajuste entra em vigor sempre na data de aniversário da concessão de cada distribuidora, que no caso da Copel é 24 de junho. Se a definição ocorrer depois disso, a incidência será retroativa. A agência analisa os cálculos recebidos e faz sua análise, podendo rever os percentuais para mais ou para menos.

Neste ano, a conta feita pela empresa paranaense, a partir dos parâmetros contratuais, resultou no pleito de 32,45% de reajuste médio. A Aneel aprovou 35,5%. Segundo a Copel, apenas 1,5% representa variação geral de custos e o restante é “basicamente o preço da energia que precisou comprar nos últimos 12 meses para fornecer aos clientes”. A necessidade de maior uso das termoelétricas, cujo custo da energia é sete vezes superior ao das hidrelétricas, pesou muito para esta expressiva elevação.

Ano passado a Copel também pediu diferimento. A Aneel aprovou inicialmente correção de 14% na tarifa, mas na sequência a energética solicitou revisão e aplicou 9,55%. A diferença de 4,5 pontos percentuais entraria no cálculo deste ano, mas a direção da Aneel não incluiu, optando por deixar como crédito para a companhia. Mesmo com reajuste menor do que o autorizado, não foi tão sentido pela população porque em janeiro de 2013 houve uma queda de 19,28% motivada pela medida provisória que mexeu em todo setor elétrico. Em 2012, a redução média foi de 0,65%. Em 2011 a alta foi de 5,5% e, em 2010, de 9,74%.

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