A zona do euro registrou um deficit público de 4,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2011, segundo dados do Escritório de Estatísticas Europeu (Eurostat) divulgados hoje.
O número é dois pontos percentuais menor que o índice registrado em 2010, de 6,2%. Entre todos os 27 países da União Europeia, 17 ficaram acima da meta de 3% de todas as riquezas produzidas no ano passado.
As situações mais graves são de Irlanda (13,4%), Grécia e Espanha (9,4% cada), Reino Unido (7,8%), Eslovênia (6,4%) e Chipre (6,3%).
Entre os países que também não conseguiram ficar dentro da meta estão Lituânia e Romênia (deficit de 5,5% cada), França (5,2%), Polônia (5,0%), Eslováquia (4,9%), Holanda (4,5%), Portugal (4,4%), Itália (3,9%), Bélgica (3,7%), Letônia (3,4%) e República Tcheca (3,3%).
Luxemburgo (0,3%), Finlândia (0,6%) e Alemanha (0,8%) ainda possuem gastos maiores que as receitas em 2011. Três países da UE conseguiram registrar excedente: Hungria (4,3%), Estônia (1,1%) e Suécia (0,4%).
Dívida pública
Apesar da diminuição do deficit, houve aumento na dívida pública no ano passado, alcançando 87,3% contra 85,4% de 2010 na zona do euro. No conjunto de 27 países da UE, o resultado foi de 69,3%, ante 68,5% do ano anterior.
Em 2011, os países com maior média de dívida pública em relação ao próprio PIB foram Grécia (170,6% do PIB), Itália (120,7%), Portugal (108,1%) e Irlanda (106,4%). Do outro lado aparecem Estônia (6,1%), Bulgária (16,3%), Luxemburgo (18,3%), Romênia (33,4%), Suécia (38,4%) e Lituânia (38,5%).
Com uma dívida pública de 69,3% em 2011, a Espanha, apesar da crise, permaneceu abaixo da média da UE (82,5%), com um nível menor do que países como Alemanha (80,5%), França (86%), Bélgica (97,8%) ou Áustria (72,4%).