O déficit orçamentário combinado dos 17 países da zona do euro diminuiu para 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco em 2012, de 4,2% do PIB em 2011 e 6,2% em 2010, informou a agência de estatísticas da região, a Eurostat. No entanto, os novos empréstimos necessários para financiar os déficits provocaram um aumento na dívida combinada dos governos para 90,6% do PIB, de 87,3%.
Houve grandes diferenças entre as posições individuais dos países. A Alemanha teve um pequeno superávit no orçamento, enquanto o déficit da Espanha subiu de 9,4% para 10,6% do PIB, o mais alto da zona do euro. Esse aumento em boa parte refletiu o custo do resgate dos bancos espanhóis, que foi equivalente a quase 4,0% do PIB.
Na Grécia o déficit cresceu para 10,0% do PIB, de 9,5% em 2011, enquanto em Portugal o resultado negativo subiu para 6,4%, de 4,4%. Dos quatro países que receberam ajuda financeira internacional, apenas a Irlanda teve redução no déficit, para 7,6% do PIB, de 13,4% em 2011.
O Chipre, que provavelmente será o quinto país da zona do euro a receber ajuda, viu seu déficit ficar inalterado em 6,3% do PIB em 2012. Na Eslovênia, que vem afirmando que não precisa de suporte internacional para os debilitados bancos locais, o déficit caiu para 4,0% do PIB, de 6,4% em 2011.
Fora da zona do euro, a Hungria teve déficit de 1,9% do PIB em 2012, bem abaixo do limite de 3,0% determinado pelas regras da União Europeia. As informações são da Dow Jones.