As contas externas brasileiras apresentaram em 2011 um déficit de US$ 52,612 bilhões, segundo informou o Banco Central. Esse resultado negativo nas transações correntes foi o maior da história, segundo a série histórica iniciada em 1947. O resultado foi pior do que o esperado pelos analistas consultados pelo AE Projeções, já que as estimativas variavam de um déficit de US$ 50,330 bilhões a US$ 52,300 bilhões, com mediana negativa de US$ 51,000 bilhões.
O déficit em conta corrente de 2011 equivale a 2,12% do PIB.
O rombo nas contas externas foi totalmente coberto pelos ingressos de investimentos estrangeiros diretos (IED), que bateram recorde em 2011 e alcançaram us$ 66,66 bilhões. O resultado do ano ficou acima do teto das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que era de US$ 65,60 bilhões. Esse resultado de investimentos diretos no País também é recorde.
A projeção de déficit em conta corrente ficou menor do que a última estimativa do Banco Central, que era de US$ 53 bilhões. O IED, por outro lado, superou a previsão do BC, que era US$ 65 bilhões para o ano.