O aumento da contribuição dos trabalhadores da iniciativa privada ao INSS, após a sanção da reforma da Previdência, no final do ano passado, e o crescimento da massa salarial reduziram o déficit da Previdência em fevereiro. Com a reforma, o teto da aposentadoria do setor privado passou de R$ 1.869,34 para R$ 2.400 – o mesmo aconteceu com a contribuição, cujo teto passou de R$ 205 para R$ 264 mensais.

Com uma arrecadação líquida de R$ 7,113 bilhões e a concessão de R$ 9,090 bilhões em benefícios, a Previdência registrou um déficit de R$ 1,977 bilhões no mês passado. O resultado é 34,5% menor do que o déficit de janeiro (R$ 3,019 bilhões).

A redução do déficit foi atribuída a dois fatores, pelo secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer: a melhoria do mercado de trabalho – com aumento da massa salarial e do emprego formal – e o aumento do teto de contribuição dos trabalhadores da iniciativa privada.

A partir de fevereiro, os trabalhadores começaram a pagar até R$ 264 mensais para a Previdência. Essa mudança proporcionou, segundo Schwarzer, um ganho de R$ 146 milhões para a Previdência, somente em fevereiro.

Apesar da melhoria, o déficit acumulado nos dois primeiros meses deste ano atingiu R$ 4,996 bilhões, o que representa um crescimento de 63% em relação ao ano passado. Neste ano, o Ministério da Previdência estima que o déficit alcance R$ 29,5 bilhões.

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