O déficit da balança comercial de produtos químicos cresceu 22,6% em 2018 ante o ano anterior, somando US$ 29,6 bilhões, informou nesta terça-feira, 29, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Segundo o levantamento, o déficit tem aumentado de forma constante e progressiva nos últimos três anos.
Entre os principais fatores para esse resultado, a Abiquim cita “a ligeira retomada da atividade econômica nacional, mais uma forte safra de produtos agrícolas para exportação e os efeitos do desvio de produtos para mercados emergentes decorrentes da guerra comercial entre as principais potências econômicas mundiais”.
No ano passado, o setor importou US$ 43,3 bilhões em produtos químicos, com a aquisição de praticamente 45,2 milhões de toneladas – um recorde histórico. Em valores, o resultado é 16,4% superior ao de 2017, enquanto em volume adquirido pelo País o desempenho representa alta de 4,7%.
Em 2013, quando o setor registrou o maior déficit no histórico da balança comercial de produtos químicos, de US$ 32 bilhões, o País importou 37,5 milhões de toneladas.
Segundo levantamento da associação, entre os grupos acompanhados, os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de importação do setor com compras de mais de US$ 7,6 bilhões, em 2018, equivalentes a 65,6% (27,3 milhões de toneladas) das compras externas de produtos químicos.
Na ponta das exportações, por sua vez, foi apurada leve queda de 0,3% em 2018 ante o ano anterior, para US$ 13,7 bilhões, com movimentação de 13,4 milhões de toneladas. As resinas termoplásticas lideraram as exportações, com vendas externas de US$ 2,1 bilhões, apesar da queda de 9,2% do valor das vendas para o exterior e de 17% nas quantidades exportadas desses produtos na comparação com 2017.