O déficit da balança comercial de produtos químicos cresceu 21% nos primeiros quatro meses de 2019 em relação ao mesmo intervalo do ano passado, somando US$ 9,1 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 27, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

continua após a publicidade

Em 12 meses (maio de 2018 a abril de 2019), o déficit é de US$ 31,1 bilhões, valor apenas inferior aos recordes de 2013 e 2014, de US$ 32 bilhões e US$ 31,2 bilhões, respectivamente. No período anterior (maio de 2017 a abril de 2018), o déficit foi de US$ 24,6 bilhões.

continua após a publicidade

De janeiro a abril de 2019, as importações do setor aumentaram 9,5% em relação ao mesmo intervalo de 2018, somando US$ 13,2 bilhões. Segundo a Abiquim, os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal grupo da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 2,2 bilhões no acumulado do ano, um aumento de 39,6% na comparação com o período entre janeiro e abril de 2018.

continua após a publicidade

As exportações, por sua vez, caíram 9,6% na mesma base de comparação, atingindo US$ 4,1 bilhões. O grupo das resinas termoplásticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 630,5 milhões, uma retração de 9,2% na mesma comparação.

Segundo os dados da Abiquim, de janeiro a abril, os produtos químicos responderam por 23,7% do total de US$ 55,8 bilhões em importações e 5,7% dos US$ 72,1 bilhões em exportações realizadas pelo País.

As importações de produtos químicos movimentaram 13,2 milhões de toneladas e o volume das exportações chegou a 4,1 milhões de toneladas, respectivamente um aumento de 15,2% e uma retração de 15,9% em relação aos quatro primeiros meses de 2018.

Em nota, a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Mazzaro Naranjo, destaca que são crescentes os sinais de que o déficit em 2019 possa ser o maior de toda a série histórica do acompanhamento da balança comercial setorial. “O setor possui o compromisso de trabalhar em conjunto com o governo nas reformas estruturantes nacionais, e contribuir na construção de propostas sobre temas relevantes para a pauta setorial: energia, logística e inserção internacional responsável, isto é, concomitante à redução do custo Brasil, gradual, negociado, de forma a garantir segurança jurídica e sustentabilidade à competitividade e integração comercial brasileira”, destaca.