Déficit comercial dos EUA cai 4% em setembro

O déficit comercial dos EUA encolheu inesperadamente em setembro, impulsionado pelos níveis recordes de exportações e uma forte queda no comércio com a zona do euro. O déficit geral do país no comércio internacional de bens e serviços caiu 4%, para US$ 43,11 bilhões, de US$ 44,92 bilhões no mês anterior (dado revisado), segundo informações do Departamento de Comércio. O déficit de agosto originalmente foi reportado como US$ 45,61 bilhões.

O déficit de setembro foi menor do que o previsto pelos analistas, que esperavam saldo negativo de US$ 46,0 bilhões. O déficit com a zona do euro caiu 17,3%, para US$ 6,46 bilhões, com o agravamento da crise da dívida na região, que fez com que as importações dos EUA diminuíssem.

O déficit com a China, um dos maiores parceiros comerciais dos norte-americanos, recuou apenas levemente, para US$ 28,06 bilhões. As importações do país recuaram para US$ 36,42 bilhões, enquanto as exportações para os chineses caíram para US$ 8,37 bilhões. O déficit dos EUA com o Canadá aumentou quase 50%, para US$ 3,55 bilhões; enquanto o déficit com o Japão caiu 22,7%, para US$ 5,19 bilhões.

As importações de petróleo, um dos principais responsáveis pelo déficit dos EUA, caíram para US$ 28,30 bilhões, de US$ 31,04 bilhões no mês anterior. O preço médio do barril importado recuou US$ 1,60, para US$ 101,02. As importações gerais do setor de energia totalizaram US$ 35,11 bilhões, de US$ 37,96 bilhões em agosto.

O déficit comercial real, ajustado pela inflação, caiu para US$ 45,40 bilhões em setembro, de US$ 46,34 bilhões no mês anterior. Economistas usam esse número para medir o impacto do comércio exterior no Produto Interno Bruto (PIB).

As exportações norte-americanas continuaram a bater recordes, aumentando 1,4% em setembro, para US$ 180,36 bilhões. As vendas de suprimentos industriais e matérias-primas tiveram o melhor desempenho, aumentando US$ 1,36 bilhão, para US$ 44,37 bilhões. As vendas de bens de consumo subiram US$ 777 milhões, para US$ 15,43 bilhões.

As importações cresceram 0,3% em setembro, para US$ 223,47 bilhões. As aquisições de bens de capital diminuíram US$ 432 milhões, para US$ 42,43 bilhões, enquanto as compras de bens industriais subiram US$ 879 milhões, para US$ 64,43 bilhões. As importações de veículos e autopeças cresceram US$ 461 milhões, para US$ 22,13 bilhões, e as aquisições de alimentos aumentaram US$ 236 milhões, para US$ 9,16 bilhões. As informações são da Dow Jones.

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