O déficit na balança comercial dos EUA atingiu o recorde de US$ 617,7 bilhões (R$ 1,6 trilhão) em 2004, segundo dados divulgados ontem pelo Departamento de Comércio. O resultado é 24,4% superior ao déficit registrado em 2003, US$ 496,5 bilhões (R$ 1,2 trilhão). O déficit comercial com a China também atingiu recorde no ano passado, US$ 162 bilhões (R$ 422,4 bilhões), 30,5% acima do déficit de 2003 e o maior já atingido no comércio com um único país.
O resultado deve dar mais munição aos críticos das políticas econômicas do presidente americano, George W. Bush. Os democratas acusam a administração republicana de não proteger os EUA de práticas comerciais injustas dos outros países, principalmente da política cambial da China, que mantém sua moeda (o yuan) desvalorizada em quase 40% em relação ao dólar – o que prejudica os produtos americanos.
O déficit registrado em dezembro foi de US$ 56,4 bilhões (R$ 147 bilhões), resultado positivo se comparado com o déficit de novembro, US$ 59,3 bilhões (R$ 154,6 bilhões).
O governo, por sua vez, diz em sua defesa que os déficits americanos refletem o crescimento acelerado da economia dos EUA em relação às demais economias do mundo. Economistas ouvidos pela agência de notícias Associated Press dizem, no entanto, que com déficits nos atuais níveis, o país fica à mercê dos investidores estrangeiros, que podem decidir não mais ficar com títulos denominados em dólar.
Empregos
O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caiu em 13 mil na semana encerrada no dia 5 de fevereiro, totalizando 303 mil novos pedidos. Na semana imediatamente anterior, o total era de 316 mil.
A média quadrissemanal, que atenua as volatilidades das leituras semanais, mostrou uma queda de 16 mil pedidos do benefício, totalizando 315.500 pedidos, contra 331.500 da leitura anterior.
Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento do Trabalho dos EUA.