economia

Déficit comercial de produtos químicos atinge US$ 1,6 bi em janeiro, diz Abiquim

A balança comercial de produtos químicos registrou um déficit de US$ 1,6 bilhão em janeiro e de US$ 22,1 bilhões nos últimos doze meses (fevereiro de 2016 a janeiro de 2017), segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

As importações de produtos químicos totalizaram US$ 2,7 bilhões em janeiro de 2017, o que representa um aumento de 11,4% na comparação com o mesmo mês no ano passado e uma leve redução de 2,2% em relação ao mês de dezembro de 2016. Em termos de volumes, as compras externas, de 3,8 milhões de toneladas, representam o patamar mais elevado para um mês de janeiro em toda a série histórica observada na balança comercial de produtos químicos.

De acordo com a entidade, os produtos químicos para o agronegócio impulsionaram as importações no mês, sobretudo os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas de 2,5 milhões de toneladas (US$ 558 milhões) registraram aumento de 158,2% em relação a janeiro de 2016.

Já as exportações, de US$ 1,1 bilhão, tiveram aumento de 14,5% em relação a janeiro de 2016, mas pequena queda de 2,9% na comparação com dezembro passado. Os volumes exportados, de 1,5 milhão de toneladas, foram 6,4% e 11,0% superiores nas comparações com iguais períodos. As resinas termoplásticas foram os produtos químicos mais exportados pelo País no mês, representando 17,8% (US$ 192,5 milhões) das vendas externas brasileiras de produtos químicos.

Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, 2017 será de intensificação das trocas comerciais brasileiras em produtos químicos, em linha com as perspectivas de retomada do crescimento econômico nacional, mas ainda é cedo para se ter clareza da dimensão do déficit setorial no ano.

Já o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, entende que o País perde um momento favorável para atrair novos investimentos produtivos que possam reverter o déficit setorial. “É lamentável que o Brasil esteja desperdiçando excelentes oportunidades de investimentos para passar a suprir com fabricação nacional a crescente demanda por produtos químicos, particularmente daqueles para o agronegócio. Isso só aumenta a dependência externa brasileira por insumos estratégicos para o campo, alavancando a geração de empregos de excelente qualidade e renda em países estrangeiros e comprometendo o desempenho futuro desse setor”, avalia Figueiredo.

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