O déficit comercial dos EUA registrou novo déficit recorde em outubro em sua balança comercial, US$ 55,5 bilhões, contra US$ 50,9 bilhões em setembro, segundo dados divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA. As exportações americanas totalizaram US$ 98,1 bilhões em outubro, registrando um crescimento em relação às de setembro, que ficaram em US$ 97,5 bilhões. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 153,5 bilhões, contra um resultado de US$ 148,4 em compras externas em setembro.
Os preços do petróleo também pesaram no comércio exterior dos EUA. O valor ficou acima do esperado pelos economistas – déficit de US$ 52,4 bilhões. O recorde anterior, US$ 55,3 bilhões, foi atingido em junho.
O déficit comercial com a China também foi recorde, US$ 16,8 bilhões. A administração Bush vem pressionando a China para que deixe de controlar o câmbio entre o dólar e a moeda local, o yuan. O setor manufatureiro se queixa de que as condições favoráveis criadas pelo governo chinês tornam a competição com os produtos americanos desleal.
Os preços do petróleo também prejudicaram o comércio exterior dos EUA. No início de novembro, o barril do petróleo estava ainda no patamar de US$ 49.
O governo Bush diz que a solução para sanar o déficit comercial americano é levar os demais países a baixarem suas barreiras, mas os democratas e os sindicatos do país dizem que a atual política comercial do governo tem enfraquecido o mercado de trabalho e exportado empregos.
O déficit comercial americano é um dos pivôs da atual desvalorização do dólar – principalmente em relação ao euro – que beneficia os setores mais ligados à exportação na indústria americana.
O déficit comercial americano com o Japão, no entanto, diminuiu em outubro, para US$ 5,9 bilhões. As exportações dos EUA para o Japão atingiram o maior nível desde março de 2001.