A unidade da Defesa Sanitária Animal, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, do município da Lapa, faz um alerta aos pecuaristas, principalmente aos criadores de gado de leite, para a necessidade da vacinação contra a brucelose das bezerras entre 3 a 8 meses de idade, para garantir o futuro do rebanho. A vacinação deve ser feita por um médico veterinário. Não se deve vacinar fêmeas com mais de 8 meses nem vacinar machos de qualquer idade.

Todas as bezerras vacinadas serão marcadas com um “V” no lado esquerdo da cara, seguido do último número do ano da vacinação. Os animais positivos para a brucelose, ou seja, os que estão contaminados, devem ser marcados com um “P” no lado direito da cara e enviados para abate somente em frigorífico com inspeção sanitária.

De acordo com os responsáveis pela Defesa Sanitária Animal (DSA), a brucelose é uma doença contagiosa, causada por uma bactéria. Ataca, além dos bovinos, as cabras, as ovelhas, os suínos e inclusive as pessoas que trabalham na propriedade. Não tem tratamento, nem cura, o animal doente tem que ser eliminado.

Os prejuízos causados pela brucelose vão desde o elevado número de abortos, o que pode significar o início da doença na fazenda, à esterilidade nas fêmeas (vaca não pega cria) à diminuição da produção de leite.

Também apresenta o risco de contaminação humana. O homem pode ser contaminado através do trato direto com animais doentes, ao manipular fetos abortados, na manipulação de carcaças durante o abate, pela ingestão de leite e queijos crus (não pasteurizados) e sem inspeção sanitária. Os sinais da brucelose são: aborto, geralmente nos últimos meses de gestação. Nas gestações seguintes a fêmea pode não abortar mais; retenção de placenta. As fêmeas criam, mas a placenta não “descola”, repetição de cio. As vacas entram no cio, são cobertas e não pegam cria. O macho pode apresentar inflamação dos testículos (orquite), tornando o animal estéril.

Sendo uma doença contagiosa, espalha-se facilmente. Uma vaca doente na criação, ao abortar, pode contaminar a pastagem, a água, os alimentos e as instalações, colocando em risco a saúde de todo o rebanho. Pode também ser transmitida pela inseminação artificial (sêmen contaminado) ou pela monta natural.

Os médicos veterinários da Seab recomendam aos criadores que procurem mais informações sobre essa doença nas unidades da DSA do seu município ou região.

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