Na hora de fazer as deduções do imposto de renda, tome muito cuidado. Elas podem levar o contribuinte à malha fina. "Chutar" números ou arredondá-los para cima ou para baixo na hora de fazer a declaração é um risco. Cuidado ainda para não incluir um médico já falecido. Hospitais, clínicas, dentistas e assemelhados só devem ser incluídos quando houver recibo que comprove pagamento. Quem tem três ou quatro fontes não pode deixar nenhuma de fora.
O novo computador instalado pela Receita, o P. Rex, pôs o País entre os que têm o melhor sistema tributário informatizado, um software batizado de Harpia. Eles podem reunir, analisar e cruzar dados de nove grandes fontes de informação: Dirf (dados da pessoa física e jurídica), informes de rendimentos das fontes pagadoras, transações imobiliárias (Dimob), CPMF, Decred (movimento de cartões de crédito) e outras investigações sigilosas.
Os novos equipamentos do Fisco terão como resultado imediato um aumento considerável no número de contribuintes enredados na malha fina. O Fisco está de olho, sobretudo, nas operações com cartão de crédito. As operadoras são obrigadas a informar as transações mensais acima de R$ 5 mil por bandeira (pessoa física) ou R$ 10 mil (pessoa jurídica).
A dedução de R$ 1.404,00 por dependente não pode incluir "fantasmas". Ou seja, a pessoa tem de existir de fato, bem como a relação de dependência. Além do cônjuge, são considerados dependentes o companheiro (a) com o qual o contribuinte tenha filho ou viva há mais de cinco anos; filho ou enteado até 21 anos ou, em qualquer idade, quando incapaz física ou mentalmente para o trabalho; filho ou enteado universitário ou cursando escola técnica de 2.º grau, até 24 anos, e, entre outros, menor pobre, até 21 anos, que o contribuinte crie, eduque e tenha a guarda judicial. (Seu Dinheiro)
