A Dedini Indústrias de Base, tradicional fabricante de equipamentos para usinas de cana-de-açúcar, demitiu 200 funcionários nesta quarta-feira, 2, nas unidades de Piracicaba e Sertãozinho, ambas no interior de São Paulo.

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Foram 100 dispensas em cada uma das fábricas, abrangendo todos os setores. Em entrevista ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, Carlos Roberto dos Santos, disse que as demissões estão relacionadas ao plano de recuperação judicial da companhia, aprovado em agosto.

O representante informou que os demitidos não receberam indenizações nem os respectivos direitos, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O sindicato já está se organizando para uma assembleia, afirmou.

As demissões de agora se somam às mais de 600 já ocorridas e são um novo capítulo para a crise da empresa, que tem passivo de mais de R$ 300 milhões entre bancos, trabalhadores, fornecedores e fisco. Santos disse que “tem mais demissões no ano que vem”, mas não estimou um número. Especula-se, contudo, que outros 400 funcionários possam ser dispensados na unidade de Piracicaba, que já viu o quadro de trabalhadores se reduzir de quase 2.000 para aproximadamente 1.100.

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A situação financeira da empresa vem se deteriorando desde o fim de 2008, com a crise financeira mundial, que coincidiu com a crise do setor sucroenergético no País. A empresa estava em seu auge naquele ano e chegou a faturar R$ 2,1 bilhões, montante que caiu para R$ 380 milhões no ano passado.

O Broadcast Agro tentou contato com a Dedini, mas até o fechamento deste matéria não havia encontrado nenhum porta-voz para comentar o assunto.

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