Brasília – A Desembargadora Federal Selene Maria de Almeida, da primeira Região, com sede em Brasília, decidiu hoje pelo cultivo e comercialização da soja geneticamente modificada (transgênica). Na decisão, a juíza argumentou que pesquisas científicas internacionais atestam a qualidade do produto para os consumos humano e animal.

A juíza levou em consideração o argumento da Monsanto e da Monsoy, que alegaram a falta de decisão sobre o assunto como entrave para a geração de emprego e rendas. As empresas lembraram que o agronegócio nacional movimenta 20% do Produto Interno Bruto e emprega 30 milhões de pessoas.

Na iniciativa privada, a decisão judicial foi avaliada com otimismo. Macel Caixeta, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás e da Comissão de Cereais, Fibras e Oleoginosos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), considera a decisão judicial como ?um grande avanço tenológico para o País. O Brasil já é o maior exportador de soja do mundo e agora deve aumentar este potencial?.

Caixeta, no entanto, considera que os produtores devem ter cautela, sem deixar de plantar a soja tradicional. ?Vamos torcer agora para que o Congresso Nacional aprove a regulamentação da lei?. Macel também considera que o Brasil deve continuar plantando a soja tradicional. Isto, para ele, coloca o País em posição de destaque no mundo, ?pois poderá produzir os dois tipos de soja?. Ele também defende que os plantadores do produto tradicional ?devem ter bônus para a comercialização da safra. É necessário que as autoridades nacionais saibam separar bem este tipo de produção?.

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