O diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Charles Holland, afirma que o debate em torno das conseqüências do fim da CPMF nas contas da União contém muitas informações equivocadas e até mesmo certo grau de terrorismo. "Há muitas informações erradas e terrorismo sobre o impacto da retirada das receitas da CPMF nas contas da União", reitera. Segundo ele, o que o governo federal deixará de arrecadar com a CPMF em 2008 será compensado pela arrecadação decorrente do aumento do PIB e da circulação de dinheiro livre dessa contribuição.
Segundo Holland, muitos indicam que o Estado terá de reduzir recursos alocados para a saúde e outros dizem que haverá redução de investimentos em infra-estrutura e outros segmentos importantes para o crescimento do País. "Com o aumento do PIB, de 3% para 5%, haverá aumento de PIB de R$ 60 bilhões. Como a carga tributária do Estado é de 37%, haverá um aumento de arrecadação do Estado de R$ 22,2 bilhões hoje não incluídos no orçamento", emendou.
Além disso, o diretor da Anefac reitera que o fim do imposto do cheque aumentará a moeda disponível da sociedade em R$ 40 bilhões (estimativa de arrecadação da CPMF). Para Charles Holland, o Estado deveria ainda fazer o que todos os cidadãos brasileiros costumam fazer com seus recursos: "gastar melhor". E complementa: "Fazer corte de desperdícios não é proibido na nossa Constituição. O Governo Federal tem 37 ministros de Estado com toda a infra-estrutura para cada um dos seus ministérios. Qual o problema do Governo Federal promover programas de redução de desperdícios e de gastos?
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