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De olho em EUA-China, AIE reduz previsão de avanço na demanda global por petróleo

Preocupações sobre a economia mundial e crescentes incertezas ligadas à relação comercial entre Estados Unidos e China vão pressionar ainda mais a demanda global por petróleo neste ano, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).

Em relatório mensal divulgado nesta sexta-feira, a AIE reduziu sua previsão de crescimento na demanda mundial por petróleo em 2019, de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) para 1,1 milhão de bpd. No período entre janeiro e maio, a demanda foi a mais fraca registrada desde 2008, diz a entidade.

Apesar das tensões geopolíticas no Oriente Médio, a AIE mostrou-se particularmente preocupada com a economia, em especial por causa da guerra comercial sino-americana.

“Agora, a situação está ficando ainda mais incerta: a disputa comercial entre EUA e China continua sem solução e novas tarifas vão ser impostas em setembro”, aponta o relatório, referindo-se à decisão de Washington de tarifar mais US$ 300 bilhões em produtos chineses a partir do mês que vem.

Para a AIE, a piora na relação entre EUA e China “poderá levar à redução da atividade comercial e a um menor crescimento na demanda por petróleo”.

A AIE também estimou que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu 190 mil bpd em julho ante o mês anterior, sendo que apenas a Arábia Saudita cortou sua oferta em 120 mil bpd. O Iraque, por outro lado, elevou sua produção em 60 mil bpd. No Irã, a oferta diminuiu 50 mil bpd em julho, a 2,23 milhões de bpd, atingindo o menor nível desde o fim da década de 1980, em meio a esforços dos EUA de reduzir as exportações iranianas da commodity a zero por meio de sanções.

Já a produção fora da Opep teve aumento de 160 mil bpd em julho, graças a acréscimo no Brasil e no Mar do Norte, que compensaram um declínio na oferta dos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.

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