O crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 ante 2011, divulgado na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é um reflexo do baixo volume de investimentos e da pequena taxa de poupança, e sugere que 2013 será um ano de crescimento fraco, avalia o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Fábio Pina.

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De acordo com o IBGE, a taxa de investimento em 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior à do ano anterior (19,3%). A taxa de poupança baixou para 14,8% em 2012, ante 17,2% em 2011.

Para o economista, é necessário encontrar mecanismos para elevar a taxa de investimento em relação ao PIB. “Mas isso não é fácil, porque mesmo com a baixa taxa de investimento que tivemos ainda é superior à poupança. Logo, é necessário aumentar a poupança interna e a melhor maneira de fazer isso é cortar o consumo do governo, que cresceu 3,2% em 2012”, disse Pina.

Para o economista, o consumo interno foi o responsável pela pequena expansão do PIB, com destaque para o consumo das famílias, que cresceu 3,1%. “Esse crescimento é positivo, mas não reflete um movimento sustentável pelos próximos anos, porque o consumo tem um limite de expansão.”

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Para 2013, Pina acredita que a economia deva crescer pouco mais do que este ano, em função das perspectivas de expansão da indústria e da agropecuária, que se retraíram em 2012.

“A indústria deve crescer em cima de uma base fraca e a agropecuária em razão do aumento nos preços que vem sendo observado”, disse. A expansão, no entanto, não reflete uma melhora no cenário econômico. “Tudo aponta que este ano será parecido com 2012. O investimento não deve crescer e o ano começa como terminou 2012, quando o PIB registrou um crescimento de apenas 1,4% no quarto trimestre com relação ao mesmo período de 2011. Certamente não haverá avanço significativo”, afirmou.

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