Dados do Caged apontam criação de 124,5 mil empregos em novembro

Brasília – Em novembro foram criados cerca de 124.500 empregos formais no país, 0,42% a mais em relação a outubro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), anunciados nesta quinta-feira (13) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

No ano, já foram criados cerca de 1,9 milhão de empregos com carteira assinada. Mas técnicos do ministério prevêem a redução de 300 mil postos formais em dezembro. Se a previsão realmente se concretizar, o ano deve fechar com recorde de 1,600 milhão de empregos gerados.

A desaceleração em dezembro se dará, segundo os técnicos, porque a indústria começa a eliminar postos criados para o aumento da demanda de Natal.

O ministro Carlos Lupi refirmou que o crescimento no nível de emprego tem a ver com o desempenho da economia. ?O Brasil está com um crescimento consistente, a inflação sob controle e o crédito internacional do país está num momento muito importante, muito bem conceituado?, disse.

O estado que mais contratou foi o Amazonas, com 1,14% de aumento. Mas o estado de São Paulo foi o que mais criou postos, 30.277. A Região Centro-Oeste apresentou declínio de 0,41% nas contratações, também em função da baixa sazonal na atividade agropecuária. O Mato Grosso perdeu 1,19% dos postos de trabalho, e Goiás, 0,81%. O Distrito Federal teve alta de 0,5%.

O ministro se está otimista para 2008, e anunciou que a meta é gerar dois milhões de novos empregos, apesar da perda da arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da expectativa da taxa de juros não cair muito no próximo ano.

?A questão da CPMF não acabou ainda. Nós perdemos o primeiro jogo de uma partida. Eu acho que a oposição, em janeiro, com mais tranquilidade, vai ver que não podem faltar recursos para a saúde?, disse Lupi.

Os melhores resultados na geração de empregos ficaram por conta do comércio, com quase 100 mil novos postos. O setor de serviços gerou pouco mais de 62 mil empregos formais. A agropecuária teve queda de 2,65% no número de empregados. A indústria de transformação perdeu pouco mais de dois mil postos.

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