O Brasil fechou 157.905 vagas formais de emprego em julho, informou na tarde desta sexta-feira, 21, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Este é o pior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1992. Também foi o quarto mês seguido de retração no número de vagas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) são fruto de 1.397.393 admissões e 1.555.298 demissões.

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O resultado é muito inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 11.796 vagas. Nos primeiros sete meses do ano, o total de postos fechados é de 494.386. Os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as informações passadas pelas empresas fora do prazo.

O número divulgado foi pior que o esperado pelo mercado para o mês de julho. Levantamento do AE Projeções feito com 13 instituições mostrou que as estimativas eram de um resultado negativo de 82.200 a 140.000 postos de trabalho. Com base neste intervalo, que envolve os números sem ajuste sazonal, a mediana encontrada foi de eliminação de 111.300 vagas, expectativa que era mais otimista que o número divulgado agora.

A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em julho. No mês passado, o saldo do setor ficou negativo em 64.312 postos. O número é resultado de 216.294 admissões e 280.561 desligamentos no período e representa o pior dado para o mês da série histórica.

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O setor de serviços foi o segundo que mais fechou vagas no mês passado, com saldo negativo de 58.010, seguido do comércio, com menos 34.545 vagas, e da construção civil, que fechou 21.996 postos formais de trabalho. A administração pública fechou o mês com menos 2.001 vagas.

O resultado de 157.905 vagas fechadas no País só não foi pior, porque a agricultura registrou um saldo positivo de 24.465 novas vagas. O setor extrativo mineral apresentou relativa estabilidade, com menos 795 postos em julho.

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