Dados divulgados hoje mostraram que, em outubro, a atividade industrial nos Estados Unidos registrou a expansão mais acentuada desde abril de 2006 e que os gastos com construção dos norte-americanos aumentaram inesperadamente em setembro, alimentando as perspectivas de que a economia do país segue em processo de recuperação.
O índice de atividade industrial dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, em inglês) subiu para 55,7 pontos em outubro, de 52,6 em setembro e de 52,9 em agosto. A leitura de outubro superou a previsão de analistas, que esperavam aumento para 53,3 pontos.
Entre os componentes do índice, o subíndice de novas encomendas – que mensura a atividade futura do setor – recuou para 58,5 pontos em outubro, de 60,8 um mês antes.
O subíndice de emprego aumentou pela primeira vez em mais de um ano, para 53,1, de 46,2 em setembro. “A melhora no emprego ocorreu devido a algumas recontratações e também por conta da criação de postos de trabalho temporários”, segundo Norbert Ore, responsável pela pesquisa do ISM. O subíndice de inflação aumentou para 65,0 pontos em outubro, de 63,5 em setembro.
No segmento de imóveis, os gastos com construção nos EUA aumentaram em 0,8% em setembro em relação ao mês anterior, segundo o Departamento de Comércio do país. Analistas esperavam a divulgação de um declínio de 0,1% nos gastos com construção.
O dado de agosto, no entanto, foi revisado em baixa. Os gastos com construção durante o período encolheram 0,1% em relação ao mês anterior. Originalmente, o governo havia divulgado um aumento de 0,8%. Na comparação com igual período do ano passado, os gastos com construção recuaram 13% em setembro.
Ainda no setor imobiliário, o índice de vendas pendentes de imóveis residenciais dos EUA cresceu 6,1% em setembro, para 110,1 pontos, de 103,8 pontos em agosto, de acordo com a Associação Nacional de Corretores de Imóveis do país (NAR, na sigla em inglês).
Este foi o oitavo aumento consecutivo do índice. Analistas esperavam um avanço de 0,7%. Apesar disso, ainda há problemas no segmento de imóveis residenciais dos EUA.
“Claramente ainda não estamos fora de perigo, porque há um excesso de residências que continua no mercado”, afirmou o economista-chefe do NAR, Lawrence Yun. Segundo ele, novas execuções de hipotecas continuarão inflando os estoques de moradias à venda. As informações são da Dow Jones.